O economista britânico Arthur Lewis dizia que a “educação nunca foi despesa. Sempre foi um investimento com retorno garantido”. Como educador, defendo o papel central e transformador do conhecimento e acredito, como sempre digo, que a educação é o caminho para levar o Brasil à condição de quinta potência mundial. Por isso, não poderia deixar de receber com enorme entusiasmo a notícia dada pela presidenta Dilma Rousseff e pelo ministro da Educação, Fernando Haddad, na última terça-feira (16/8): o investimento de R$ 2,4 bilhões para a expansão da educação superior, tecnológica e profissional.
Os números dessa ousada e necessária ampliação na oferta de vagas são animadores. Até o final de 2014, dando prosseguimento à política de interiorização dos equipamentos educacionais como instrumento de promoção da cidadania e mitigação das desigualdades regionais, serão criadas quatro novas universidades federais (Norte e Nordeste), serão abertos 47 campi e 208 Institutos Federais de Educação Tecnológica (Ifets). Se somarmos essa expansão às vagas que irão surgir com o Pronatec – que atenderá mais de oito milhões de estudantes – podemos ter uma ideia real do papel ocupado pela educação nas metas do Governo Federal.
Na verdade, o impulso inicial para essa grande transformação foi dado pelo governo Lula, que criou 14 novas universidades federais e mais uma centena de campi espalhados pelo Brasil afora, duplicando o número de vagas oferecidas pela rede de universidades federais. Com a determinação inerente aos grandes líderes, por meio da Lei 11.195/05, Lula revogou a Lei 9.649/98 de FHC, que impedia a União de criar novas instituições de ensino profissional.
Como resultado, pulamos de 140 para 354 dessas instituições (uma delas em São Carlos, graças à ação conjunta de Barba como reitor e eu como prefeito). Com o anúncio desta semana, o Brasil terá 572 instituições de ensino profissional até 2014, ou seja, em 12 anos de governo do PT, vamos quadruplicar o número de escolas técnicas.
Concomitantemente, o ministro da Ciência, Tecnologia e Inovação, Aloizio Mercadante, e o presidente do CNPq, nosso Glaucius Oliva, deram partida durante a semana ao Programa Ciência Sem Fronteiras, com o lançamento das primeiras duas mil bolsas para estágios no exterior, do total de 100 mil jovens brasileiros que terão, por um ano, seus estudos de graduação e pós-aperfeiçoados nas melhores universidades estrangeiras. Certamente o maior programa do gênero na história do Brasil.
É claro que ainda teremos muitos desafios pela frente, a começar pela resolução de questões relacionadas à infraestrutura e à contratação de profissionais para atender essa nova demanda. Com o projeto de lei para a contratação de professores chegando ao Congresso e a sensibilidade de nossa presidenta, tenho convicção de que um número cada vez maior de brasileiros terão profissões dignas que os ajudarão a participar ativamente da vida de nosso país.
Newton Lima é ex-reitor da Universidade Federal de São Carlos, ex-prefeito de São Carlos (2001-2008) e hoje é Deputado Federal do PT-SP. Também apoia a pré candidatura do Rodolfo a Prefeitura de Caraguá
Nenhum comentário:
Postar um comentário